é tudo uma questão de classe ou falta d’ela
não é balela
são sempre fatais
ou classe a mais
ou classes a menos
ó Tricomonas deus dos funerais terrenos
Trago na fronte
a estrela de fogo
com que jogo
nos mortos em monte
a revolta
democracia volta….
pois Nunca aceitaria
qualquer tirania
nem a capilar
nem a do dinheiro
a capilar primeiro
pois bigode em fada do lar
é porreiro
já barba em fiel
não a aceito
nem em Fidel
pois barba a preceito
só a do mais justo ditador
a de Nero que por amor
à arte, ardia em chama
gente profana
gente magana
se nem a própria vida se aceita…
o suicídio à Zweig é a receita
tal como ela é
cheirando a chulé
e outras merdas dessas
que pedem meças
às fés travessas
prenhes de promessas
de trabalho com virtude
e do caralho na juventude
e da parda doença
de envelhecer
com cada crença
e de fenecer
com o phoder
de matar com licença
ou por avença
a morte em cada dia
é poesia
antecipada
é vida amarrada
na fé dos apocalipses
que Marx previa
para um dia de eclipses
mentais
lenine dizia
occipitais
e a Tokarev bramia
em estampidos letais
e neste verbal despique
o dia povoa-se de fantasmas
e a esperança cai a pique
em bíblicos cronoclasmas
sobre mares sem limite de desejos
onde em sangue se afogam os beijos….
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